Escrevo como quem canta,
Com a alma e coração,
No último luar avistado
No céu pintado de luz.
Porque é que a vida nos trai?
Porque é que o nascer de um novo dia,
Nos oferece a esperança que tanto buscámos,
Mas que se desvanece ao longo do dia,
Que acaba por se dissipar,
E que dá ao lugar ao medo e à desilusão?
Porque é que o olhar nos trai?
Porque é que os que mais amamos,
Mudam o olhar quando caiem em tentação?
Porque é que a nossa boca nos trai?
Quando ouvimos o que menos desejamos
E nos magoa cada vez mais,
Quanto mais a pessoa é importante para nós?
Até tu, sorriso… Porque me trais?
Porque não és sincero quando preciso de ti?
Muitas das vezes pedimos um sincero sorriso,
Daqueles que ninguém o consegue descrever,
Cheio de orgulho e sabor…
Mas que nunca ninguém saciou!
Sou filho de liberdade
Pois a vida traiu-me!
E todos os dissabores
Que por ela correm, como um rio, também!
Traíram-me sem nunca pensarem
No pequeno luar, iluminado pela dor,
Que brotou no meu pequeno relógio
Junto à alma, e que cresceu desde então!
Esse que já não sara,
Devido às imagens empregadas na minha mente.
Sozinho, busquei algo que sarasse!
Procurei no amor, mas a traição era cada vez maior!
Procurei na amizade, mas a dor precisava de mais respostas!
Procurei na fala, mas ninguém compreendeu!
Procurei na música, e quase alcancei…
Já sem esperanças para procurar,
O que realmente poderia não me trair,
Gritei pelo impossível, que afinal de contas,
Com o passar do tempo, divulgou-se nas minhas mãos.
.
E com a dor já sarada, que nunca mais voltou,
Hoje admiro-te, elogio-te, olho-te e sinto-te…
Porque é que a escrita não me trai?
Porque de mim foi feita.
E se de mim foi feita, foi porque Deus quis que assim fosse:
Que eu sonhasse para nunca perder a esperança de te encontrar!
Obrigado! R.V
quero ser das primeiras a recebê-lo *<3
ResponderEliminarMadrinha, sofia