segunda-feira, 10 de maio de 2010

Escrevo como quem canta!

Escrevo como quem canta,

Com a alma e coração,

No último luar avistado

No céu pintado de luz.

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Porque é que a vida nos trai?

Porque é que o nascer de um novo dia,

Nos oferece a esperança que tanto buscámos,

Mas que se desvanece ao longo do dia,

Que acaba por se dissipar,

E que dá ao lugar ao medo e à desilusão?

.

Porque é que o olhar nos trai?

Porque é que os que mais amamos,

Mudam o olhar quando caiem em tentação?

Porque é que a nossa boca nos trai?

Quando ouvimos o que menos desejamos

E nos magoa cada vez mais,

Quanto mais a pessoa é importante para nós?

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Até tu, sorriso… Porque me trais?

Porque não és sincero quando preciso de ti?

Muitas das vezes pedimos um sincero sorriso,

Daqueles que ninguém o consegue descrever,

Cheio de orgulho e sabor…

Mas que nunca ninguém saciou!

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Sou filho de liberdade

Pois a vida traiu-me!

E todos os dissabores

Que por ela correm, como um rio, também!

.

Traíram-me sem nunca pensarem

No pequeno luar, iluminado pela dor,

Que brotou no meu pequeno relógio

Junto à alma, e que cresceu desde então!

Esse que já não sara,

Devido às imagens empregadas na minha mente.

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Sozinho, busquei algo que sarasse!

Procurei no amor, mas a traição era cada vez maior!

Procurei na amizade, mas a dor precisava de mais respostas!

Procurei na fala, mas ninguém compreendeu!

Procurei na música, e quase alcancei…

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Já sem esperanças para procurar,

O que realmente poderia não me trair,

Gritei pelo impossível, que afinal de contas,

Com o passar do tempo, divulgou-se nas minhas mãos.

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E com a dor já sarada, que nunca mais voltou,

Hoje admiro-te, elogio-te, olho-te e sinto-te…

.

Porque é que a escrita não me trai?

Porque de mim foi feita.

E se de mim foi feita, foi porque Deus quis que assim fosse:

Que eu sonhasse para nunca perder a esperança de te encontrar!

Obrigado! R.V

1 comentário:

  1. quero ser das primeiras a recebê-lo *<3

    Madrinha, sofia

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